4 lugares imperdíveis no Deserto do Atacama

Está planejando uma viagem para o Atacama e ainda não sabe exatamente o que conhecer? Confira essa lista com 4 lugares imperdíveis no Deserto do Atacama para colocar na sua lista.

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Olá, sou a Amanda Kraemer, nova colaboradora do Mala de Aventuras! Conheci a Nanda e a Gaia há 2 anos, quando estava pesquisando meu roteiro para a Oceania e me vi no site anotando todas as dicas das duas. É muito bom quando a gente se identifica com o estilo de viagem que outras pessoas fazem e da mesma forma, espero que vocês se identifiquem com o meu!

Também tenho um blog pessoal, que é o www.amandakraemer.com onde crio conteúdo sobre minhas viagens e outros assuntos ligados ao Design, minha profissão. Por aqui, como acabei de voltar de uma viagem super legal pela América do Sul, vou estrear falando um pouco sobre um destino que muita gente procura: o Deserto do Atacama! Obrigada, Nanda e Gaia pelo convite e espero que vocês curtam!

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O Deserto do Atacama tem paisagens muito diferentes do que estamos acostumados a ver pelo Brasil. Não é que sejam muito mais bonitas, mas nos chocam pela grandiosidade e minimalismo.

Hoje vou falar especificamente sobre os 4 passeios imperdíveis pelo deserto, que costumam ser combinados: Valle de la Luna com Valle de la Muerte e Piedras Rojas com Lagunas Altiplânicas.

Sendo assim, você só precisa de 2 dias no Atacama para conhecer as mais belas vistas da região! Ah, importante: todos os passeios saem da cidade de São Pedro do Atacama, onde ficamos hospedados. Alguns começam bem cedinho, outros à tarde.

1- Valle de la Luna

O trajeto, que inclui o Valle de la Luna e o Valle de la Muerte dura poucas horas. Começa por volta das 16h, saindo da agência em São Pedro, pois o objetivo principal do passeio é a vista do pôr do sol, e assim que escurece, retorna-se para a cidade. É o passeio ideal para fazer no dia que você chega no Atacama!

Para quem vem do Salar de Uyuni, como eu, a primeira sensação é um choque de realidade, pois as paisagens mudam muito. Embora sejam dois desertos, você sai de uma atmosfera de paz, com uma imensidão de branco, lagunas e flamingos, para uma imensidão de pedras, terras avermelhadas e bastante calor. É como ir da água para o vinho!

O Valle de la Luna é uma grande reserva fechada – é preciso pagar entrada, por fora do valor do passeio. Pagamos 3.000 pesos chilenos cada, mas há desconto para estudantes e vale a pena! Fizemos uma boa caminhada junto ao guia para chegar no pico principal, da onde tínhamos uma boa visão do “parque” e também de vulcões como o Licancabur ou Likankabur, o vulcão em forma de cone. Ele possui 5.916m de altura e pode ser visto à grandes distâncias.

Além da caminhada, também há algumas paradas para tirar fotos, como a das Três Marias e da pedra em formato de V, além do Canyon das Cuevas del Sol, que forma uma caverna bem interessante.

> Atenção, claustrofóbicos! Levem, uma lanterna (ou o celular) pois há momentos que não se enxerga nada e que temos que passar por lugares bem apertados. Mochilas, câmeras e outras coisas podem acabar atrapalhando nas passagens mais estreitas.

2 – Valle de La Muerte

Este local tão famoso, é como uma continuidade da reserva anterior. Alguns passeios fazem o trajeto oposto, passando primeiro por aqui e partindo só depois para o Valle de la Luna, mas dê preferência para a forma como foi o meu, pois o horário do por do sol no Valle de la Muerte é incrível!

O visual é indescritível pois possui diferentes curvas e texturas que se misturam formando uma grande riqueza, nem parece que foi tudo esculpido pela própria natureza! Não deixe de tirar foto na Pedra do Coyote! Rola uma fila, mas compensa esperar. E quando for a sua vez…não seja medroso como eu e coloque os pés para fora. Respire, contemple! Depois que o sol se põe, todo mundo volta feliz da vida, com as energias mais do que recarregadas. 🙂

3- Piedras Rojas

O transfer nos buscou no hostel bem cedinho para esse passeio que dura um dia inteiro, inclui café da manhã e almoço. Eu já sabia que seria um passeio bonito, mas não tanto! Pena que o frio e, principalmente o vento, atrapalharam em alguns momentos. Portanto, vá bem agasalhado. Queria parar, respirar e meditar mas a impressão é de que eu seria carregada para longe dali!

Apesar desse sofrimento de carioca acostumada com calor, as paisagens compensam muito! A cor da água, a textura das pedras, os tons pasteis… é tudo lindo nesse lugar. Nada melhor do que algumas fotos para vocês sentirem um décimo da emoção que eu senti ao estar lá.

Tenha cuidado com objetos pessoais leves, como chapéu, óculos, lenços, tudo isso pode voar num piscar de olhos! Passe bastante protetor solar e protetor labial pois apesar do vento, o sol é forte e a gente nem sente!

4- Lagunas Altiplânicas

Elas ficam dentro da Reserva Nacional Los Flamencos, onde é preciso pagar um valor à parte para entrar – cerca de 5.000 pesos chilenos. O ingresso dá direito à visitar duas lagunas ligadas subterraneamente: a Laguna Miscanti e a Laguna Miñiques.

O parque é muito bem preservado, há restrições de caminhadas para que não se chegue muito próximo da água, e por ali vivem vicunãs camufladas na vegetação. Algumas empresas de turismo aproveitam para oferecer ali mesmo a hora do almoço, que está sempre incluída no pacote. Os guias montam uma mesa ao ar livre com aqueles lindos tecidos estampados, ultra coloridos, e permitem que você almoce com essa vista – e com essa paz.

Esses são, definitivamente, aqueles passeios que você não pode deixar de fazer ao visitar o Deserto do Atacama.

Onde fica e como chegar?

Do Salar de Uyuni: o seu passeio pelo Salar pode terminar em São Pedro, através de uma conexão do seu guia com um transfer. As próprias agências organizam tudo, só deixe claro seu destino.

Do aeroporto: Calama é o ponto mais próximo para se chegar de vôo. Pegue um taxi + ônibus ou um transfer para fazer o trajeto até a cidade, que tem cerca de 105 km.

Qual agência de viagem escolher?

Patajcha Expediciones: Essa foi a agência que escolhi para fazer todos os passeios no Atacama, por indicação de outras pessoas que conheci em São Pedro. Procurem pelo Garibaldi ou pela Lu, um casal de brasileiros muito gente boa que trabalha lá. Eles vão esclarecer todas as suas dúvidas com a maior boa vontade, além de dar alguns descontinhos.

A agência fica na rua principal e você pode reservar todos os passeios de lá mesmo, quando chegar. Caso você esteja procurando conforto e luxo, indico a agência Ayllu.

Quanto pagar?

O passeio do Valle de la Luna junto ao Valle de la Muerte sai em torno de 5.ooo pesos chilenos + 3.000 pesos chilenos de entrada, enquanto o de Piedras Rojas com Lagunas Altiplânicas sai em torno de 80.000 pesos chilenos + 3.000 pesos chilenos nas agências mais comuns de São Pedro.

Esse preço pode variar um pouco, mas não muito. A agência Ayllu é a única excessão, já que cobra mais caro por conta do estilo de passeio proposto, que é sempre mais luxuoso e com mais “mimos” aos viajantes.

Onde se hospedar?

Portal Andino: Eu não me hospedei nesse hostel, mas acabei passando bastante tempo nele. Minhas amigas optaram por ficar nele pela localização, bom preço e conforto e não se arrependeram.

Eu já havia feito minha reserva no Laskar, que é muito bom, porém um pouco afastado do centro – cerca de 10 minutinhos caminhando. Há também opções muito boas de hotéis com mais conforto. Abaixo, algumas opções para vocês:

Hotel Poblado Kimal – bem rústico, a cara do deserto! Tem piscina ao ar livre, área para massagem, ótima localização e conforto.

Tierra Atacama Hotel & Spa – imagina que beleza voltar de um passeio e relaxar nesse hotel maravilhoso? Com piscina e restaurante no jardim, você pode fazer todas as refeições por lá, no sistema all inclusive. Vale a pena dar uma olhada!

Hostal Lackuntur – você também vai encontrar muitas opções de hostel em San Pedro de Atacama! O Lackuntur é uma delas. Pelas fotos parece bem charmosinho, com uma área externa (com piscina!) super arrumadinha e convidativa.

Dicas importantes para a sua viagem

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Chip internacional para celular

Hoje em dia fica difícil viajar sem celular – ou melhor, sem um celular COM internet – né? Além de avisar a família que está tudo certo, compartilhar fotos no Instagram e fazer check in no Facebook (quem nunca?), estar com internet a todo momento facilita muito a vida dos viajantes para se localizar, fazer alguma busca rápida sobre o destino, abrir o número da reserva e etc.

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Estou disponível para tirar qualquer dúvida que vocês tiverem no planejamento dessa viagem maravilhosa. Espero que tenham curtido e até a próxima!

Bjs,

Amanda Kraemer.