Ansioso para conhecer as famosas águas de cor turquesa desse cartão postal da Chapada dos Veadeiros? Vem com a gente descobrir tudo sobre esta cachoeira imperdível: como é a trilha, onde se hospedar, o que conhecer nos arredores, quanto custa o passeio e como chegar na Santa Bárbara (Chapada dos Veadeiros).
Antes de mais nada, confira o post:
Chapada dos Veadeiros: passo a passo para você planejar a sua viagem
Onde fica e como chegar na Cachoeira Santa Bárbara, na Chapada dos Veadeiros?
Localizada dentro de uma comunidade quilombola nos arredores de Cavalcante (uma das cidadezinhas da Chapada dos Veadeiros), é preciso pegar estrada de terra, cruzar rios, mais estrada de terra e, por fim, uma trilha para se banhar na piscina natural com chão de calcário e águas cristalinas.
De São Jorge (onde nos hospedamos) até lá a viagem dura cerca de 2h de estrada, incluindo um trecho de estrada de terra até a entrada do Quilombo Kalunga. O ideal é colocar no GPS e pedir informação para os moradores de Cavalcante, porque as placas indicativas são escassas.
Recomendamos o aluguel de um carro para visitar a Chapada dos Veadeiros com mais conforto. Nós alugamos o nosso no site Rent Cars (dá pra dividir em até 12x no cartão).
São cerca de 30km de estrada de terra após chegar em Cavalcante. Confira abaixo as distâncias das principais cidades da Chapada dos Veadeiros até a Cachoeira Santa Bárbara:
- 33km de Cavalcante
- 142km de Alto Paraíso
- 157km de São Jorge
Como é a visitação à Cachoeira Santa Bárbara, na Chapada dos Veadeiros?
Costuma haver uma fila de espera no Centro de Visitantes da Santa Bárbara, especialmente nos finais de semana e feriados. Ali é necessário contratar um guia local, pois esta cachoeira só pode ser visitada com o acompanhamento de alguém credenciado.
Nosso guia, o Joelson, foi no nosso carro até um estacionamento dentro da reserva, que era onde cruzaríamos o primeiro rio. A travessia foi a pé, com água até o joelho, era apenas o início da aventura! A partir de lá, tivemos que seguir viagem com um 4×4 do parque, pois nosso carrinho 1.0 não daria conta do recado.
Todos a postos na caçamba da pickup e lá fomos nós por mais 1 ou 2 km até chegar na última parada do carro. Organizados, eles tem um limite de entrada na trilha, tendo em vista a preservação do ambiente. Depois de uns 5min de espera, pudemos seguir viagem, mas com o aviso de que teríamos apenas 1h de visitação para apreciar as belezas naturais do local.
Primeira parada: Cachoeira Santa Bárbara
A caminhada é rápida, durando cerca de 15min. A primeira parada é na cachoeira Santa Barbarinha, que é uma versão menor da cachoeira Santa Bárbara. Apesar de ser muito bonita, o guia nos recomendou aproveitar nosso tempo na cachoeira Santa Bárbara, que é bem maior e ótima para mergulho. Portanto, seguimos por mais 5 minutos de trilha até chegar ao nosso destino.
Quando finalmente avistamos a tão esperada Cachoeira Santa Bábara, ficamos com uma leve decepção, já que essas cachoeiras são famosas por sua viva cor azul turquesa. Infelizmente no dia anterior havia chovido, deixando a água esverdeada e turva. O lado bom é que ficamos morrendo de vontade de voltar lá para ver a tão famosa cor e também para conhecer as cachoeiras que não fomos por conta do tempo apertado.
Portanto, aqui vai a dica: a melhor época para visitar a Santa Bárbara, na Chapada dos Veadeiros, é durante a seca, que ocorre de maio à outubro.
Entramos direto na água para nos refrescarmos. Lá é possível entrar debaixo da queda d’água, nadar um pouco, descansar às margens da cachoeira e se deliciar com a cor hipnotizante da água.
Segunda parada: almoço no Quilombo Kalunga
Às 13:45 estávamos de volta ao quilombo. Era hora do almoço e a barriga já estava reclamando de fome. No quilombo tem alguns restaurantes e, apesar de serem bem simples, a comida é uma delicia. É importante reservar antes de subir para não correr o risco de voltar e estar lotado, peça ajuda ao seu guia que ele pode te indicar um restaurante. Valor do restaurante: R$25 por pessoa.
Terceira parada: Cachoeira da Capivara
Depois de um descanso do almoço, visitamos ainda uma outra cachoeira dentro da reserva, a Cachoeira da Capivara. Estacionamos o carros próximo à trilha e andamos cerca de 20min até chegar lá. No caminho havia um mirante maravilhoso, e paramos na volta para apreciar.
Quarta parada: Mirante da Nova Aurora
E pra finalizar o dia, voltando para São Jorge paramos no Mirante da Nova Aurora, onde é possível ter uma ampla visão das formações rochosas da região, montanhas e planícies sem fim. Outra parada legal é a Cachoeira Ave Maria que fica pertinho da estrada (não paramos nessa e nos arrependemos!). É apenas um mirante muito bonito, mas não tem acesso para banho.
Dicas para você planejar sua visita à Cachoeira Santa Bárbara, na Chapada dos Veadeiros
Aqui vão algumas dicas para você planejar sua visita à Cachoeira Santa Bárbara, incluindo quanto custa o passeio, o que fazer nos arredores e a melhor época para visitar!
O que fazer no Quilombo Kalunga, além da Cachoeira Santa Bárbara:
Além da famosa Cachoeira Santa Bábara e da Cachoeira da Capivara, você encontrará ainda dentro do perímetro do Quilombo Kalunga, outras cachoeiras deslumbrantes (que infelizmente não tivemos tempo de ir). São elas, o Rio da Prata e a Cachoeira Candaru.
Quando visitar a Cachoeira Santa Bárbara:
O ideal é chegar bem cedinho para evitar filas, especialmente durante a alta temporada. Eles abrem às 8h e, se há muitos grupos, acontece um sorteio para ver quem vai ter acesso à trilha primeiro.
Vale lembrar que durante a estação de chuvas pode acontecer da água não estar tão azulzinha como nas fotos, mas isso não quer dizer que você terá uma experiência menos legal. A cachoeira fica linda mesmo com um tom de verde esmeralda (como foi o nosso caso).
Quanto custa a visita à Cachoeira Santa Bárbara:
R$20 entrada na reserva
R$10 da pickup de acesso à Santa Bárbara (opcional)
R$30-35 almoço na comunidade quilombola (opcional)
O guia varia de R$80-200 para o grupo (obrigatório)
Sugestão de hospedagem em Cavalcante:
É mais prático pernoitar em Cavalcante devido à proximidade com a comunidade quilombola, isso vai lhe poupar 150km de estrada e algumas horas de viagem. Nossa indicação é a Pousada Aruanã, chalés super simpáticos a R$240 a diária com café da manhã para o casal. Clique para saber mais sobre onde ficar na Chapada dos Veadeiros.
Pronto para visitar a Santa Bárbara, na Chapada dos Veadeiros?
Temos certeza que essas dicas vão ajudar muito o seu planejamento de viagem agora que você sabe como chegar na Santa Bárbara, na Chapada dos Veadeiros, onde se hospedar, como é a trilha, etc. Mas se ainda restou alguma dúvida, não hesite em deixar um comentário!
Para dicas sobre como montar seu roteiro, confira:
Roteiro Chapada dos Veadeiros: sugestões para 3, 5 ou 7 dias de viagem
Lindas fotos, esse lugar é mágico. 😀
Obrigada!! O lugar só pode ter algum tipo de magia mesmo, pra ser tão lindo assim! hahah
Meninas, como faço para fazer contato com esse guia, o Joelson? Vou a Chapada em março e as dicas de vocês têm me ajudado muitíssimo!!!! 🙂
Oi Cristina! É só chegar lá na portaria da comunidade kalunga. Lá vc vai encontrar diversos guias locais, um deles irá com vcs.
Bom dia! Você teriam o contato desse César que faz as trilhas de bike? Não estou encontrando na internet :/
Oi Ingrid! Eu encontrei esse telefone aqui, não foi nada fácil. hehe
não sei se está correto, mas acho válido dar uma conferida: 62 3494-1116
Beijos e boa viagem!!
Olá! Como eu faço pra entrar em contato com Joelson pra reservar o passeio com ele? Eu vi sua resposta aí embaixo, que é só chegar na portaria. Mas no post você disse que já tinha ele de preferência e pôde “furar fila”. Como foi esse processo? Não precisa reservar nada? É só chegar e dizer “eu tenho meu guia de preferência, é Joelson”, que você fura fila? É isso?
Muito obrigado! Adorei o blog de vocês! As dicas são muito boas!
Também gostaria de saber.
Oi Naathp,
Eu fui no carnaval desse ano lá. A sugestão que eu dou é ir sem guia de preferência. Há muitos guias na comunidade quilombola e tem uma fila pra eles pegarem um grupo. Então minha sugestão é ir e pegar o próximo da fila e não levar guias de fora da comunidade. Todos eles nasceram e cresceram lá, eles conhecem muito bem a região. Se você levar um guia de fora ou escolher um guia de preferência, acaba que vários guias passam o dia inteiro lá no centro de visitantes e não leva nenhum grupo, acaba não ganhando nada o dia inteiro.
Oi Nath e Paulo! Eu fui com um amigo de Brasilia que já havia visitado a Chapada dos Veadeiros diversas vezes. Ele conhecia o Joelson, que é um dos guias da comunidade quilombola, e isso foi um facilitador. Mas realmente acho que a melhor opção é ir com um guia local ao chegar.