O recém inaugurado Caminho de Cora Coralina é uma rota de ecoturismo inspirada no Caminho de Santiago, na Espanha. Ela mistura o que há de melhor na região do interior de Goiás: história, gastronomia, natureza e cultura. São 300km que passam por 5 cidades históricas, 8 povoados, mais de 20 igrejas, inúmeras cachoeiras e parques.

O nome desse roteiro é uma homenagem a essa grande poetisa goiana, Cora Coralina, nascida e criada nessa região. Se ela fez ou não essa rota, isso fica na imaginação de quem vai conhecer.

Mapa do Caminho de Cora Coralina
Fonte: Goiás Turismo

É possível ler alguns dos poemas de Cora em placas espalhadas pelo caminho e se deliciar com suas palavras simples e fortes. Para quem não a conhece, ela foi uma escritora muito além de seu tempo, publicou seus próprios livros, o primeiro com 75 anos de idade. Outras curiosidades sobre a escritora: ela cursou apenas até a terceira série do curso primário. Em 1922 foi convidada a participar da Semana de Arte Moderna mas foi impedida por seu marido. Foi eleita com o “Prêmio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores, como intelectual do ano de 1983.

Poemas de Cora Coralina pelo caminho
Poemas de Cora Coralina pelo caminho
Poesia de Cora Coralina
Poesia de Cora Coralina

Onde fica e como chegar

O marco zero do Caminho de Cora Coralina é na cidade de Corumbá de Goiás. Ela fica a apenas 115km de Goiânia e 130km de Brasília, o que significa uma viagem de cerca de 2h de carro a partir de uma dessas duas cidades. O ponto final é na Cidade de Goiás, que fica a 150km de Goiânia (3h de carro) e 330km de Brasília, (5h de carro).

Por conta das distâncias de ida e volta, sugiro utilizar Goiânia como a cidade base para essa expedição. Há voos com preços ótimos saindo do Rio e de SP. Fazendo uma busca rápida, encontrei diversas datas saindo destas cidades por R$350, em média.

Quando ir

A melhor época para fazer o Caminho de Cora Coralina é entre maio e junho ou setembro e outubro. Isso porque nos meses de outono e primavera as temperaturas estão mais amenas e a água é abundante. Durante o verão você poderá enfrentar estradas muito enlameadas e os meses de inverno, especialmente agosto, o ar vai estar muito seco.

É legal também conciliar a viagem com algum dos eventos do calendário de festividades da região. As Cavalhadas acontecem entre Maio e Junho. A Procissão do Fogaréu é em Março. Há também um festival de cinema na Cidade de Goiás, o FICA, que geralmente acontece no início de junho.

Como explorar o Caminho de Cora Coralina

Toda a rota foi planejada para o cicloturismo e acredito que fazer o circuito de bicicleta é a melhor opção. É possível também fazê-lo a pé com uma mochila nas costas. Esteja preparado para andar ou pedalar de 25 a 30km por dia.

Caminho de Cora Coralina a pé
Caminho de Cora Coralina a pé

Isso nos leva a outra questão importante para o planejamento de sua viagem: quantos dias são necessários para conhecer todo o percurso? Eu indicaria separar duas semanas para fazer tudo com calma. Levando em consideração que são 300km, esse é o tempo médio que se levará com um bom passo.

Se você preferir, é possível quebrar o roteiro em partes e fazer apenas em finais de semana. Com a facilidade de acesso a partir de Brasília ou Goiânia, dá pra conhecer a região de Pirenópolis em uma vez, depois Cidade de Goiás e por aí vai!

Se você não tem tanto tempo, ou não curte tanto pedalar ou fazer trilhas, ainda há a opção de percorrer alguns trechos da rota com carro. Assim você pode usar o Caminho de Cora como base para fazer seu próprio roteiro, parando nas cidades e povoados indicados.

Principais atrativos do Caminho de Cora Coralina

Salto de Corumbá

Essa belíssima cachoeira é acessível por uma trilha de apenas 15 minutos e tem um poço delicioso para banho. O local conta com um restaurante e opções de atividades. É possível passar o dia todo por lá! Dica: chegue até o início da tarde, pois sem sol o banho não será o mesmo.

Cachoeira Salto de Corumbá
Caminho de Cora Coralina: Cachoeira Salto de Corumbá

Cachoeiras em Pirenópolis

Pirenópolis é a cidade das cachoeiras! São ao menos 80 quedas catalogadas. A maioria delas fica em propriedade privada e é necessário pagar uma entrada que varia entre R$20 e R$40 para passar o dia.

Bem no roteiro de Cora, está a Cachoeira do Abade, uma deliciosa queda d’água de 22 metros de altura. Ela é procurada por sua água verde esmeralda e, também, pelas trilhas muito bem estruturadas da propriedade. Dica: Evite visitá-la nos finais de semana, pois eles chegam a receber 800 pessoas por dia.  Imagine o tumulto! Além disso, o melhor é visitá-la depois do meio dia, assim o sol estará incidente no poço e a água, clarinha.

Cachoeira do Abade, Pirenópolis
Cachoeira do Abade, Pirenópolis
Cachoeira do Rosário, Pirenópolis
Caminho de Cora Coralina: cachoeira do Rosário, Pirenópolis

Pico dos Pireneus

O Parque Estadual dos Pireneus é o divisor das águas de duas das mais importantes bacias hidrográficas do continente, a Platina e a Tocantinense. Além do Pico dos Pireneus, outros passeios interessantes dentro do parque são o Morro Cabeludo e os poços do Sonrisal.

O Pico dos Pireneus é acessível por uma trilha de apenas 15 minutos. Ela é leve e conta com uma inclinação suave. Por ser o pico mais alto da região, o  visual é 360 e dá pra observar o mar de montanhas ao redor.

Pico dos Pireneus
Pico dos Pireneus

Refúgio Avalon

Uma chácara que conta com diversas experiências sensoriais na natureza, essa seria a melhor descrição para o Refúgio Avalon. Há um jardim medicinal com mais de cem espécies e plantas para todo tipo de coisa: tosse, azia, dor de cabeça, cura ressaca… Tem cachoeira, locais para se energizar e outras atividades.

Parapente em Jaraguá

Uma ótima opção para quem quer deixar o passeio ainda mais aventureiro é fazer um voo de parapente na Serra de Jaraguá. Inclusive, é possível fazer um trecho do Caminho pelos ares voando de Jaraguá até Itaguari, cidade seguinte na rota.

Sobrevoando Jaraguá
Sobrevoando Jaraguá
Parapente em Jaraguá
Parapente em Jaraguá. Foto by Cadu Pilotto

Cavalhadas

As cavalhadas são uma celebração cultural imperdível no estado de Goiás. São 9 municípios no estado que contam com estas festividades. Quatro deles fazem parte do roteiro: Corumbá, Pirenópolis, Jaraguá e São Francisco. A data é flexível, pois está sujeita ao calendário religioso cristão, mas já anota aí que o evento ocorre entre maio e junho.

Para quem não conhece, as Cavalhadas  contam a história da invasão dos Mouros (árabes) no sul da Europa. Elas são como um teatro a céu aberto dividido em três atos, um em cada dia, começando no domingo e finalizando na terça-feira.

Cavalhadas de Pirenópolis
Cavalhadas de Pirenópolis
Cavaleiro Mouro
Cavaleiro Mouro

Museu da Cavalhada em São Francisco

O museu é simples mas muito rico na história das Cavalhadas de São Francisco. O Rei Mouro, Zé Roberto, foi quem fundou o museu em um cômodo de sua própria casa. Ele nos recebeu com diversas histórias e curiosidades sobre o tema.

Arraial de Ouro Fino

Há 60 anos atrás esse povoado acabou, pois todos foram embora de lá. O que restou foram as ruínas da Igreja e as lendas. Chico Mineiro, personagem da famosa música de Tonico e Tinoco morreu lá no Arraial, após desavenças com outro sertanejo.

Arraial de Ouro Fino
Arraial de Ouro Fino

Centro histórico da Cidade de Goiás

A Cidade de Goiás foi capital do estado no passado, o que significa que ela foi o centro comercial e econômico da região  por muitos anos. Foi só em 1932 que a capital passou para Goiânia.

As ruas do centro estão repletas de igrejas e prédios históricos. Um deles marca o fim do Caminho de Cora Coralina: a casa da própria poetisa, que se transformou no Museu de Cora Coralina. Não deixe de passar lá para conhecer um pouco de sua história e pra beber da água da bica da casa de Cora.

O céu estrelado

Essa não é uma característica de nenhum ponto específico, mas de toda a região. Procure observar as estrelas a noite, é um espetáculo! Se for noite sem lua, melhor ainda. Vimos ao menos 3 estrelas cadentes em menos de 10 minutos.

céu estrelado no cerrado
Céu estrelado no cerrado

Resumo do roteiro

Cidades históricas:

Corumbá de Goiás
Pirenópolis
São Francisco
Jaraguá
Cidade de Góias

Igreja Nossa Senhora da Penha de França, Corumbá de Goiás
Caminho de Cora Coralina: Igreja Nossa Senhora da Penha de França, Corumbá de Goiás

Demais cidades:

Itaberaí
Itaguari
Cocalzinho de Goiás

Povoados:

Caxambu
Radiolândia
Vila Aparecida
Alvelândia
Palestina
São Benedito
Calcilândia
Ferreiro

Parques:

Parque Estadual dos Pireneus
Parque Estadual da Serra de Jaraguá
Parque Estadual da Serra Dourada

Roteiro dia a dia

Trecho 1: Corumbá – Salto de Corumbá (14,5km)
Trecho 2: Salto de Corumbá – Pico dos Pireneus (12,7km)
Trecho 3: Pico dos Pireneus  – Pirenópolis (24,4km)
Trecho 4: Pirenópolis – Caxambu (30km)
Trecho 5: Caxambu – Radiolândia (17,8km)
Trecho 6: Radiolândia – São Francisco (27,4km)
Trecho 7: São Francisco – Jaraguá (38,5km)
Trecho 8: Jaraguá – Vila Aparecida (17,3km)
Trecho 9: Vila Aparecida – Alvelândia – Palestina – Itaguari (29,9km)
Trecho 10: Itaguari – São Benedito (27,7km)
Trecho 11: São Benedito – Calcilândia (22,8km)
Trecho 12: Calcilândia – Ferreiro – Cidade de Goiás (36,2km)

Confira mais detalhes sobre cada trecho aqui.

Onde se hospedar

As cidades com melhor estrutura para receber turistas atualmente são Pirenópolis e Cidade de Goiás, onde você encontra diversas opções de hospedagem, entre pousadas, casas de campo, fazendas e hostels.

Em relação às demais cidades do roteiro, esta informação estará detalhada em breve no site oficial do Caminho de Cora.

Pirenópolis

A gente se hospedou no Sítio Lavrinhas, uma opção perfeita para quem quer ficar próximo da natureza. São diversos chalés, com sala e cozinha, ou seja, ótimos para ir com a família ou amigos. Há cachoeiras e trilhas no terreno e a Cachoeira do Abade fica nas redondezas. Adorei a experiência de me hospedar por lá. Faça sua reserva aqui.

Outra opção na cidade são as Suítes Jardim – Casa Zanotto, que ficam bem no centro histórico, perto da Rua do Lazer, onde há diversos bares e restaurantes. Faça sua reserva aqui.

Sítio Lavrinhas, Pirenópolis
Caminho de Cora Coralina: Sítio Lavrinhas, Pirenópolis

Cidade de Goiás

A Pousada Chácara da Dinda é uma opção para quem quer ficar próximo do centro e fazer tudo andando. A cidade é pequena e é uma delícia se perder pelas ruazinhas repletas de casas antigas e igrejas. | A partir de R$200 a diária para um casal. Faça sua reserva aqui.

Preparativos

Tênis apropriados são o item mais importante para a sua trilha ser agradável, além disso uma mochila confortável com o mínimo de itens possível é indispensável. Roupas com proteção UV, além de boné, protetor solar, repelente também não podem faltar. Vamos fazer um check list para você não esquecer nada?

1. Tênis de esporte ou bota para trilha;
2. Roupas confortáveis de manga comprida com proteção UV;
3. Corta vento / capa de chuva para se garantir numa mudança repentina de clima;
4. Casaco para a noite, pois a temperatura cai consideravelmente;
5. Protetor solar e repelente;
6. Boné ou chapéu;
7. Lanterna;
8. Power bank para camera e celular;
9. Equipamentos fotográficos;
10. Lanchinho para repor as energias.

Nós indicamos a loja Decathlon para fazer compras desses itens para trilha.

Você também pode conferir as melhores marcas do mercado, como a Osprey, a Curtlo, a North Face e a Deuter.

Leia também:

Como escolher a mochila ideal para trekking

Como escolher a bota de trekking ideal para você

Informações úteis

Conheça mais sobre o Caminho de Cora no site oficial:  clique aqui

O app Wikiloc é uma boa opção para conferir as rotas de outros aventureiros e suas experiências. O app se define como “um lugar para descobrir e partilhar as melhores trilhas ao ar livre a pé e de bicicleta”. Confira!


Um agradecimento especial à Mostra Viajar e ao Goiás Turismo que nos convidou para essa viagem! Não posso deixar de citar também nosso guia e pesquisador, Bismarque Villa Real, e nosso motorista, Rhuan Vileforte, que nos acompanharam em toda a jornada! 


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15 respostas

  1. U-A-U. O caminho é incrível e incluirei ele em roteiros futuros para cicoturismo. Mas o que achei mais legal é seu texto. Parabéns pelo trabalho. Esse post ficou muito bem escrito, detalhado e com informações realmente úteis!! Muito legal!

  2. Oi! Amei o relato e pretendo ir por agora. Você sabe quanto custa o voo de parapente de Jaraguá a Itaguari? Obrigada desde já

  3. Boa noite
    Gostaria de tirar uma dúvida:
    Estes principais atrativos que você passou e que ficam fora do caminho (salto, cachoeira, pico) tem sinalização quando passarmos na entrada de bicicleta?
    Obrigada ?

    1. Oi Mari!

      Pedi informações atualizadas direto para a equipe do Caminho de Cora Coralina para responder com precisão. E a resposta simples para a pergunta é SIM. Todos são sinalizados, o caminho passa na porta do Salto e passa dentro do parque.
      Contudo, o trecho do Salto de Corumbá está em obras. Estão duplicando a BR-414, então tiraram temporariamente a sinalização. Provisoriamente, eles sinalizamos outro trecho que não passa por lá e é tão bonito quanto.
      Outro trecho que também está passando por fase de reavaliação é o parque, porque ele está com controle de visitantes e agendamento.
      De qualquer forma, o caminho é super bem sinalizado.
      Bjs e boa viagem =)

  4. Obrigada pelo exelente artigo. Uma pergunta básica, mas pode ser útil, pode caminhar tranquilo sozinho ou tem que ficar alerta de algum perigo ou coisas indesejáveis como roboter ou coisas do tipo?

    1. Oi Tereza! De modo geral, não recomendamos que mulheres façam trilhas sozinhas porque vivemos em um país machista e sabemos que encontros desagradáveis podem ocorrer em qualquer lugar.

      Por outro lado, a região é lindíssima e passa por diversas estradas vicinais de Goiás. O local é bem tranquilo, com vilas aqui e ali, e várias pessoas simples e queridas pelo caminho.

      Portanto, acho que fica a seu critério definir se vale a pena fazer essa viagem sozinha.

      Um beijo,
      Gaia

  5. Olá, Gaia Vani, como vai…
    Estou me projetando para fazer o caminho de Cora.
    Sou poeta popular, de “cordel”. Então: estou pretendo fazer o percurso e, ao mesmo tempo, escrever sobre o caminho, descrevendo o trajeto e colocando minhas impressões. O trabalho final, que publicarei, terá desenhos internos com notas de rodapé, nos desenhos.
    Ao mesmo tempo, estarei fazendo referência à Cora Coralina. Até já fiz um primeiro poema sobre Cora, que vou incluir no trabalho final.
    Parabéns pelo seu trabalho.
    Uma pergunta: nem em todos trajetos passam carros, não é? Vou de Bike. Mas nesse caso a pessoa que vai comigo de carro passo por outro caminho? Este caminho é fácil, tem sinalização, é longo?

    1. Oi Agnaldo. Que bacana conhecer seu trabalho! Se não me engano, a maior parte do trajeto é por estradas vicinais, ou seja, carros tem acesso tb. Recomendo que você assista a este documentário sobre o Caminho de Cora Coralina para conhecer melhor as dificuldades e os trajetos do roteiro: https://www.youtube.com/watch?v=6EFy_a46Y80 O Richard fez os mais de 300km sozinho a pé.

  6. Olá, fiquei um pouco na dúvida desse Trecho 9: Vila Aparecida – Alvelândia – Palestina – Itaguari (29,9km)
    Não consegui localiza Palestina no Mapa, e cortando da 22km
    Poderia me dar uma luz? to indo mês que vem

  7. Aqui em 2022 querendo saber o preço médio da viagem, para viajantes com pouco e os com dinheiro bastante. Parabéns e obrigado pela matéria!

    1. Oi Israel! Fiz essa viagem em 2018 e já não me recordo os valores. De toda forma, a maior parte do trajeto é feita a pé ou de bicicleta. Isso significa que seu custo de traslado é quase zero. Em relação às hospedagens, é possível ficar em hospedarias locais gastando pouco e PFs são comuns pelo caminho. Eu diria que é uma viagem bastante econômica.

    2. Olá!
      Adorei seu texto. Uma dúvida na região possui alguma locação de bike ou precisarei embarcar no avião com a mesma. Nem sei como seria despacha la…rss
      Pode me dar uma luz

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